A Psicoterapia cresceu muito no último século, indicada para a prevenção e tratamento de transtornos mentais, além de promoção de habilidades e bem-estar.
A ciência a cada dia demonstra resultados positivos da psicoterapia nas mais variadas demandas psicológicas e psiquiátricas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica as práticas baseadas em evidências, ou seja, as mais seguras. Para a área da saúde, prática baseada em evidência significa resultados relevantes comprovados por prática clínica e por estudos científicos. A confiabilidade das evidências dependem do método das pesquisas realizadas. Há uma hierarquia que confere maior segurança nos resultados.
As psicoterapias mais pesquisadas são as terapias cognitivas (TCCs) e a interpessoal. Estes estudos visam mostrar a efetividade da terapia em determinada demanda. As TCCs mostram-se as práticas baseadas em evidências com efetividade em 85% dos transtornos psiquiátricos sendo indicada padrão ouro no mundo.
Os atendimentos psicológicos também são indicados para a promoção bem-estar, por meio de habilidades de autorregulação emocional, resolução de problemas, comunicação, mudança de comportamento adaptativo, favorecendo a resiliência conforme orienta a OMS, em diversos livros.
As pesquisas sobre os atendimentos psicológicos têm usado o advento das neurociências e exames de neuroimagem, para validar ainda mais as suas práticas. Atualmente há evidências que os atendimentos psicológicos alteram o funcionamento e a configuração cerebral de modo positivo.
Como são os atendimentos?
Para estes resultados é indicado frequência das sessões. Para o início os atendimentos devem ser mensais, salvo em casos específicos, de acordo com a avaliação profissional. Os atendimentos podem ser realizados em grupos, individuais, presencialmente ou por meio de tecnologias.
Existem várias modalidades de atendimento, me atentarei para a terapia cognitivo-comportamental e psicologia positiva que são as que pautam meu trabalho.
Nas terapias cognitivas é fundamental uma boa aliança terapêutica pois as mudanças devem ser implementadas diariamente pelo paciente em busca da mudança dos significados (pensamentos, memórias e crenças) ou de comportamento.
As pesquisas também demonstram resultados positivos dos atendimentos psicológicos por meio de tecnologia da informação e comunicação (TICs), prática estudada e validada em vários países, como a Austrália que usa das TICs desde a década de 90.
No Brasil a Resolução CFP 11/2018 libera sessões em crianças, adultos, grupos, seleção de pessoal e até supervisão. Ao implementar essa prática agora em 2018 o Brasil opera com o respaldo do método testado há décadas em outros países.
Atualmente o Brasil é o país com o maior número de pessoas com transtornos ansiosos do mundo. Ainda faltam profissionais em muitas cidades. O atendimento on-line facilita nestes casos. São Paulo que é local com maior oferta de profissionais, mas que também pode se beneficiar e muito do atendimento por TICs, já que o trânsito muitas vezes dificulta o acesso ao profissional de sua escolha.
Assim com o auxílio da ciência e das tecnologias os atendimentos psicológicos atuam para além da promoção, prevenção e tratamento dos transtornos mentais, focando também em favorecer o que há de melhor no desenvolvimento humano.
E você já fez atendimentos psicológicos alguma vez? Tem vontade?
Bibliografia.
Araújo, N. G., Rubino, J. P., & Oliveira, M. I. S. (2018). Avaliação e Intervenção na Clínica em Terapia Cognitivo-Comportamental. Novo Hamburgo: Sinopsys.
CFP/selo. Recuperado em 14 de abril de 2018, https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/05/RESOLU%C3%87%C3%83O-N%C2%BA-11-DE-11-DE-MAIO-DE-2018.pdf
Cordioli, A. V., & Grevet, E. H. (2018). Psicoterapias: Abordagens Atuais. (4, Ed.). Porto Alegre: Artmed.
Gonçalves, J., & Silva, B. M. B. (2018). À Procura da Felicidade: a resiliência e o otimismo no contexto do trabalho. In Terapias congnitivo-comportamentais – Analisando teoria e prática por meio dos fimes (p. 445). Novo Hamburgo: Sinopsys.
Gondin, S. M. G., Morais, F. A., & Brantes, C. dos A. A. (2014). Competências Socioemocionais: Fator Chave no Desenvolvimento de Competências para o Trabalho. Psicologia: Organizações e Trabalho, 14, 394–406. Retrieved from http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v14n4/v14n4a06.pdf
Luborsky, L. Therapeutic Alliances as Predictors of Psychoterapy Outcomes: Factos Explaining the Predictive Success. In The Working Alliance: Theory, Research, and Practice, Capítulo 2; Edited by Adam O. Horvath and Lesle S. Greenberg. New York (EUA), Editora John Wile & Sons, 1994.
Lyubomirsky, S., King, L., & Diener, E. (2005). The Benefits of Frequent Positive Affect: Does Happiness Lead to Success? Psychological Bulletin, 131, 803– 855. https://doi.org/10.1037/0033-2909.131.6.803
WOH. (2004). Prevention of Mental Disorders Effective Interventions and Policy Options. Geneva: WOH. Retrieved from http://www.who.int/mental_health/evidence/en/prevention_of_mental_disorders_sr.pd